Onde há células estaminais?
Até o momento foi confirmado que há células estaminais no cordão umbilical, placenta, medula óssea e nos embriões.
Criopreservação
O processo de criopreservação é relativamente simples. O 1º passo é consiste em solicitar o kit de recolha a uma das empresas que disponibilizam o serviço em Portugal. O kit deve preferencialmente ser encomendado com dois meses de antecedência para o caso do bebé nascer mais cedo que o previsto.
No momento do parto a colheita de sangue deverá ser efectuado pelo profissional de saúde que estiver a assistir o parto, para isso deverá ter previamente entregue o kit e informado sobre a sua intenção de recolher sangue do cordão umbilical.
A criopreservação é um método de conservação de células estaminais que estão no sangue do cordão umbilical de um bebé. As células estaminais são guardadas a uma temperatura muito baixa, cerca de 196ºC abaixo de zero, de modo a que garanta a sua viabilidade durante muitos anos.
Investigação inconclusiva
A ciência tem estudado a utilização de células estaminais nas mais diversas patologias Parkinson, diabetes, Alzheimer, doenças do foro cardíaco e carcinomas. O presidente da Sociedade Portuguesa de Células Estaminais e Terapia Celular, Rui Reis, considera que a congelação de células do bebé "pode ser muito interessante", mas reconhece que ainda não existe forma de as aplicar para o tratamento de doenças.
A Bebevida, que se lança agora neste serviço, propõe aos pais a "possibilidade de salvar a sua vida e a do seu filho" . A empresa disponibiliza a conservação de células estaminais do bebé durante 25 anos com a finalidade da sua utilização "na terapia de diversas doenças" e cobra 1.465 euros (perto de 293 contos) por este serviço.
Alerta europeu
Perante o crescimento deste tipo de serviços, o Grupo Europeu de Ética alertou recentemente para o "engano" que é congelar células do cordão umbilical para a utilização futura do dador, já que é raríssimo o seu uso no tratamento de doenças.
Este órgão consultivo da Comissão Europeia especifica que "a probabilidade de se precisar de um transplante autólogo [de tecidos provenientes do próprio dador] está estimada em aproximadamente um em cada 20 mil casos, durante os primeiros 20 anos de vida". O Grupo Europeu de Ética alerta também que "não foi ainda demonstrado que as células que se destinam a ser utilizadas em transplantes possam ser armazenadas por mais de 15 anos".
Apesar da intensa investigação realizada "não foi ainda demonstrada nenhuma prova evidente da utilidade das células estaminais". Assim, é "altamente hipotético que as células do cordão umbilical mantidas para utilização no dador tenham algum valor no futuro", frisa o Grupo Europeu de Ética.
Fontes: http://www.acidigital.com; www.jn.pt; http://www.criovida.pt; you tube
Reflexão:
As células estaminais são já um grande passo para o futuro do tratamento de doenças crónicas e hereditárias. O bem estar da humanidade irá ser cada vez melhor, mas por enquanto os preços da criopreservação destas células ainda são muito inacessiveis.
Por outro lado, várias questões éticas são postas em causa... Será que futuramente o uso destas células irão ter utilização impropria?
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