Pesquisar neste blogue

domingo, 21 de novembro de 2010

Morgan - Ligação factorial

  • Thomas Morgan
     Embriologista da Universidade de Colúmbia (EUA), desenvolveu, desde 1910, estudos genéticos com a mosca-da-fruta (espécie Drosophila Melanogaster).

(Prémio Nobel - 1933).

Morgan teve como material biológico a mosca-da-fruta, segundo as suas excelentes características:
- reduzidas dimensões;
- fácil conservação, manuseamento e alimentação;
- ciclo de vida curto (12 dias);
- descêndencia em número elevado;
- fácil distinção dos sexos;
- grande variedade de caracteres de fácil observação;
- cariótipo com apenas 4 pares de cromossomas (3 pares de autossomas e 1 par de sexuais).


Formas da mosca-da-fruta

       A forma predominante na Natureza tem o corpo cinzento, olhos vermelhos e asas longas e denomina-se forma selvagem.


       Outras formas alternativas (mutantes) podem revelar corpo negro, olhos brancos ou asas vestigiais entre outras características.








 Genótipo:
w+ Olhos vermelhos
w Olhos brancos 


Transmissão da cor dos olhos

Cruzamento directo
Macho mutante de olhos brancos + Fêmea de olhos vermelhos
F1 = 100% de individuos (machos e fêmeas) de olhos vermelhos.

Conclusão: w+ é dominante e w é recessivo.
 Cruzamento recíproco
Fêmea = W (mutante)
Macho = W+ (selvagem)

F1 = 50% dos indivíduos olhos selvagens (todos fêmeas)
        50% dos indivíduos olhos brancos (todos machos)


       Conclusão: o gene responsável pela cor dos olhos estaria localizado num cromossoma para o qual não existisse um verdadeiro homólogo - par de cromossomas sexuais masculino (XY).


        As fêmeas possuem dois cromossomas X (verdadeiros homólogos), os machos possuem um cromossoma X e um cromossoma Y, sem genes correspondentes (falsos homólogos).
        As fêmeas designam-se homogaméticas e os machos heterogaméticos.
        Os machos manifestam o único alelo, localizado no cromossoma X (designam-se hemizigóticos).


Características ligadas ao sexo

     Características cujos genes responsáveis pela sua manifestação se localizam nos cromossomas sexuais.
  • Ligação factorial
      O número de cromossomas do cariótipo de um individuo é incomparávelmente menor do que o número de genes que condicionam o seu fenótipo.
      Um cromossoma terá de ter, necessariamente, um grande número de genes.
      Genes dispostos ao longo de um cromossoma = genes ligados factorialmente ou em linkage e constituem um grupo de ligação factorial, sendo transmitidos em bloco aos descendentes.
     Nesta situação não se verifica a segregação independente (2ª lei de Mendel) embora possa ser explicada pela teoria cromossómica da hereditariedade. 
     Como resultado de crossing-over, durante a meiose, os genes podem separar-se e surgir nos gâmetas como se estivessem situados em cromossomas separados.
    A descendência será qualitativamente igual à prevista numa segregação independente dos genes; quantitativamente, surgem em proporções alteradas dado que o crossing-over é menos frequente do que a transmissão em bloco dos genes em causa. 


Sem comentários: